Evoti Leal

Palavras que tocam o coração

A minha mensagem pra hoje começa de um jeito e deve terminar de outro bem diferente.

Começo dizendo que todas as minhas mais de 300 crônicas foram sendo lidas por um grupo de amigos pelo WhatsApp, conforme iam sendo escritas.

Até hoje é assim. Para quem não sabe, depois de certo tempo, em que compartilhava os meus textos para os amigos, de cinco em cinco, como me permitia o aplicativo, criei uma lista de transmissão, para facilitar o trabalho de distribuição. Pouco tempo depois, vi que havia falhas no sistema de remessas. Então criei um grupo chamado Crônicas motivadoras.

Mais adiante, com os constantes ingressos de novos leitores e desistência de alguns, resolvi criar um segundo grupo e mudar o nome do primeiro, ficando com os grupos Crônicas 1 e Crônicas 2. Bem depois, criei um terceiro grupo, com o nome de Crônicas 3. Todos eles têm a mesma finalidade: o da entrega rápida e de forma fácil e ágil da crônica do dia.

Nestes grupos há também um espaço para os "comentários dos leitores". Alguns leitores fazem seus comentários sobre cada crônica, enviam-me os mesmos pelo meu Whats privado, faço as correções necessárias, agrupando-os e alinhando-os por ordem de chegada, e os publico para que os demais participantes dos três grupos os leiam.

Acontece que o meu filho caçula (@carloserleal), para surpresa de todos nós, seus pais, demais familiares e amigos, decidiu "ganhar o mundo" pedalando.

Quando viemos para Pelotas, minha esposa e eu, ele optou por ficar morando em Curitiba. Só veio conosco para ajudar-nos na mudança e atuar como co-piloto, já que viajamos a noite inteira de carro, voltando para Curitiba alguns dias depois.
Dia 20 de janeiro, ele iniciava esta grande aventura, vindo de lá até aqui, pelos caminhos das serras catarinense e gaúcha, rodando mil e poucos quilômetros em sete dias, de bicicleta.

Fez uma parada de umas três semanas, em nossa companhia, saindo, no dia 12 de março, rumo ao Chuí, para de lá ganhar as terras uruguaias, indo em direção a Montevidéu. No dia 24, chegou em Buenos Aires, já com a ideia de partir em seguida rumo à Patagônia.

Foi só então que me arrisquei, rogando desculpas por isso, a fazer aos meus amigos o que chamei de "um pedido peculiar" nos grupos das crônicas. Um pedido de ajuda para que ele possa se manter firme no seu propósito, ainda mais depois de constatar que os alimentos no Uruguai custam de quatro a seis vezes mais que aqui no Brasil, em reais.

E vem dos retornos que recebi o motivo deste texto e do seu título "palavras que tocam o coração".

Quero agradecer aos vários amigos que deram sua ajuda prontamente, pelo que me sinto honrado.

E não poderia deixar de registrar estas palavras de minha amiga de infância, Najara Luísa, de Porto Alegre, minha cidade natal, assídua colaboradora do meu trabalho literário, desde os primórdios: - "Nossos filhos são filhos de todos nós!"

Quão profunda esta sentença! Tais palavras calaram fundo nos nossos corações, paterno e materno.

É como aquela frase que ouvi em um filme, tempos atrás, quando cerca de 15 crianças estavam indo para um acampamento, acompanhadas de apenas três mães. Foi quando uma delas disse, às que não puderam ir: - "Fiquem tranquilas! Nós as três que vamos, cuidaremos bem de todos os nossos filhos! Os filhos de todas vocês, agora serão nossos filhos também!"

É tocante, ou não é?

Obrigado, amiga!

Obrigado, amigos!

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